terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Que 2015 venha gentil, venha suave, venha sorrindo. Pode vir com ou sem opcionais. Pode ser simples, básico, com alguns itens de série, mas que não encrenque e não pare de funcionar de repente. Não precisa ser nenhuma edição extraordinária, mas traga o essencial: amorosidade, encantamento, ternura. Que venha sopro e chama, que nos incendeie e acalme. Não precisa de rima ou versos retos, mas é indispensável poesia. Um ano sem muita aspereza, de caminhos limpos e obstáculos suficientes. Tranquilo mas não tanto, pulsante, mas não tanto, o bastante para algum frio na barriga. Que venha de portas abertas e cortinas balançando suavemente nas janelas. Venha brincalhão e sensato, com o viço da criança e a sabedoria do ancião. Que venha em pequenas epifanias e compreensões menos fragmentadas. Que seja aprazível, antiderrapante e que não nos esfole os joelhos. Joelhos no chão só para reforçar nossa fé. Que não nos faça sofrer, que não nos pegue chorando. Que nos permita o convívio com quem nos faz bem e não nos roube os momentos raros. Que venha generoso, que não nos apresente apenas um caminho, mas nos presenteie com um mapa de possibilidades. Não precisa ser standart, pode ser simples, mas que venha gentil, venha suave, venha sorrindo...