terça-feira, 30 de setembro de 2008

Das coisas que não vivi

O beijo que não roubei
o baile que não dancei
a paixão que não declarei
o amor que não vivi,
o arrepio que não senti
Um tudo que virou nada.
Escrevi...
declarações,
paixões,
dores,
amores...
Letras jamais lidas
sensações jamais entendidas.
Menti...
Que sentia o que não sentia
Que não sentia o que sentia
Fingi...
Que sua presença não me roubava o sossego
Que sua ausência não deixava saudade
Endureci...
Economizo lágrimas...
Poupo minha sensibilidade.
Aprendi
Que a gente se arrepende do que não faz
se arrepende também do que faz...
Esqueci
Não quero lembrar...
Vivi
e me perdoo por tudo que não me permiti.

4 comentários:

  1. Bonito... Verdadeiro...
    E importante, isso, da gente se perdoar e tocar a vida!

    ______________________

    Bom conhecer teus blogs!
    Depois volto, para ler tudo com calma!!

    :))

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  2. Perdoar-se, principalmente do que não se permitiu, é tão sábio quanto raro, bem como raro e sábio, também no sentido de saboroso, o seu poema, Elis.
    Beijos

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  3. Sempre mais fortes né Ana... Obrigado pela visita.
    Fred, é justamente nesses reveses da vida que a gente aprende a ser sábio. Sou grata até pela minha dor.

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  4. Elis, adorei essas palavras. O que me faz voltar por aqui mais vezes.

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