segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Incerto

Se seria mais completa, se seria mais feliz, se seria melhor, se seria...Palavras ao vento...
Se desconheço as letras no verso da página, se já esqueci o começo dessa história... importa agora, o instante, vivido, sentido mesmo que sem tido. E porque viver não é preciso, sou dada a recomeços. Se te causa estranhamento esse meu ângulo de visão, é porque ele as vezes é obtuso, as certezas inespressivas. Ninguém pode medir suas perdas e colheitas. Eu também não. Se falei o que não devia é porque costumo perder palavras por aí, umas me escapam, atrevidas, impulsivas ou desnecessárias, como estas que me dirige agora. Algumas teimosas, insistem em querer guarida nessa memória já sem leitos. Para estas afixei uma placa com os dizeres "não há vaga", elas estão indo embora, as vezes pelos olhos. Outras, livres de ambições, sobrevivem desse meu impulso em dar-lhes expressão. Eis o que faço. Você desejoso de me fazer pensar e eu, requerendo apenas um lugar para armar minha rede à sombra, e descansar. Meus anjos agora dormem, dormem também meus demônios. Fale baixo, por favor. E ouça a poesia que eu fiz, agora as palavras só querem te dizer: Psiu, fica do meu lado.

2 comentários:

  1. Ai, que gostoso ler uma doçura dessas, depois do dia tumultuado que tive! Gostei daqui, vou voltar!

    ResponderExcluir