sábado, 8 de novembro de 2008

Nua e crua

Levava na mala
um chinelo, botas, um par de tênis
vestido estampado pro calor
camisola estilo provoca-dor
A blusa vermelha tomara que caia
um jeans, uma minissaia
Meia duzia de peças
De resto, só seu amor.
Dormiu
Acordou
Mudou o curso
Desfez a mala
agora vazia de sonhos.
Uma mala, uma alma
E um vazio.
E como ela, mirando-se no espelho
A verdade estava ali,
nua e crua.

4 comentários:

  1. Elis,
    Os ritmos são diferentes, aparentemente são poemas bem diferentes cuja similitude esteja apenas na coincidência da utilização de algumas poucas palavras, não sei explicar, portanto, porque vejo uma espécie de parentesco entre este seu belo poema e o "camila", que publiquei no meu blog minutos atrás.
    Beijos

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  2. Elis...

    venho ler-te porque me identifico com seus escritos, as vezes, como hj me entristeço, penso se deveria traduzir seus sentimentos , além dos meus, nestas linhas...

    gostaria que fossem apenas visões de atos alheios..como a despudoradaALMA...a mALMAl

    bijok

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  3. Malmal...Fico feliz por sua visita aqui. Quando escrevo falo de mim, de outros e de outros que sequer existem. Quando as letras ganham forma, vida e melodia elas pertencem a mim ou a qualquer um. O Fred fez um comentário sobre algo que escreveu que bate com o que penso. Ele diz: cabe ao poeta dar voz a qualquer personagem, real ou imaginário.
    Então Malmal, fica susse... rsrsrs
    Beijos!

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  4. Tens razão Fred. Talvez tenham tido elas a mesma sina. Vai saber...rsrsrs
    Abraços amigo.

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