terça-feira, 12 de maio de 2009

Despedida

Foto: Pedro

Há nós e a tarde...
Uma mudez plácida
E uma pacata incredulidade

Há o aceno
que se alonga
Lento e obediente
E qualquer coisa pungente
Que se hospeda no meio do peito.

É quando a alma
não alcança
O que é da razão entender.

Há uma linha traçada
E esse sentir afoito
Que descofio
Já ser saudade...

8 comentários:

  1. Hoje sua poesia falou diretamente pra mim.
    Muito linda, suave e verdadeira.
    Um beijo grande e obrigada pelos comentários lá no meu blog.
    Andréa

    PS: o dia do noivado foi realmente hilário.

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  2. A alma e a razão nunca mantém diálogo muito estreito, uma jamais vai ser capaz de entender a outra.

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  3. Esses versos dizem tudo, Elis:
    "E qualquer coisa pungente
    Que se hospeda no meio do peito".
    São de uma simbologia incrível, pois parece que nós, seres humanos, somos outras pessoas quando "hospedeiros" de um sentimento maior que nós mesmos. Poético e filosófico. Gostei demais, como tudo que escreves. Um abração, amiga!!!

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  4. Saudades; a ausencia da presença bem no meio de nós...

    Magico mesmo é sentir cada palavra por aqui...

    Beijo neste teu coraçao que eu tanto aprecio...

    Fernando Costa

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  5. É esta sua sensibilidade pungente,
    que se hospeda em meu peito,
    sempre amiga e presente.
    Quase nunca a razão entende,
    mas, como num espelho, numa simbologia incrível,
    minh'alma alcança e estende,
    por isso, melhora.
    Querida Elis,
    Nem preciso colocar “aspas” para demonstrar o orgulho de ter sua amizade.

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  6. É esta sua sensibilidade pungente,
    que se hospeda em meu peito,
    sempre amiga e presente.
    Quase nunca a razão entende,
    mas, como num espelho, numa simbologia incrível,
    minh'alma alcança e estende,
    por isso, melhora.
    Querida Elis,
    Nem preciso colocar “aspas” para demonstrar o orgulho de ter sua amizade.

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  7. Excelente poema.
    Gostei imenso. Vc faz muito boa poesia, pelo que li até ao final da página principal.
    Beijo.

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