quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Entre o caos e o cósmico

Não sou nenhum referencial de organização. Já tentaram me encaixar num modelo socialmente aceitável, esforços vãos...
Vivo entre o caos e o cósmico, equilibrando-me entre meus embates mentais e na profusão dos meus pensamentos, que ora se ocupam do trabalho, ora lembram da família, das pendências a acertar, das faturas a pagar...penso no futuro, programo, faço planos, estabeleço metas, leio emails, noticiários... Um brainstorming de idéias que insistem em me manter com os pés num lugar e a cabeça em outro.
Inevitáveis: "Desculpe-me, mas... que foi mesmo que você disse?"
Fácil ser organizada quando se tem apenas uma casa pra limpar e um filho pra levar à escola.
Fácil, quando seu trabalho é restrito às quatro paredes de uma sala de aula.
Às favas com tanta organização, prefiro meu mundo assim...
Não sou dada à modelos padronizados seguidos inquestionavelmente, eu os abomino se não estão de acordo com os meus princípios. Minha realidade é muito mais subjetiva. Não gosto de pré-determinismos. Ordem em demasia faz mal, me causa enxaqueca, baixa minha auto estima, tolhe a minha liberdade, me torna inflexível, me faz sentir um ser comum, igual, muito normal...
Não quero a ordem perfeita do universo. O universo é cósmico, os astros extremamente alinhados, seguem sua rota pré definida, pré determinada.
Eu? Eu não faço questão de tanta rigidêz... Só se for a perfeita ordem e sintonia da orquestra de Yanni. Me deixem viver no meu mundo, é nele que eu quero morar. Prefiro a vida retratada por Fernando Pessoa... Porque navegar é preciso, viver não é preciso... No livro da vida que estou escrevendo viver é sinônimo de emoção, não de precisão.

2 comentários:

  1. Que brabeza é essa colega? Resolvel desabafar mesmo... não vou nem comentar, vai q vc fica brava... rsrsrs
    Ta aproveitando bem o espaço q criou para seus desabafos... rs
    boa sorte!!!

    t+

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  2. Oie, Elis. Estás te saindo uma cronista de mão cheia, que encantam o leitor. Dissesses tudo: chega de tanta precisão, e sejamos meio caos meio cósmico mesmo. Sou também assim, me encontro na minha desorganização. Se tirarem um papelzinho de minha bagunça não me acho mais. Risos. E o que falas do universo, dá uns belos versos. Fernando pessoa, o grande, se refere justamente a isso. Navegar é preciso (desde que por instrumentos e náuticas, etc). Viver não é preciso (por precisamos muito mais da intuição do que instrumentos). Continue assim, amiga, intuitiva. Um abração. Zé

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