Quando ela estava por perto era como se o mundo fosse melhor. Ele de fato, não sabia se era bom, sabia apenas que aquele par de olhos tão azuis e as costumeiras frases de duplo sentido o faziam rir e a pensar que aquilo fosse felicidade.
Ele sentou sobre o banco empoeirado da praça. Pegou-a pelas mãos e os olhos azuis pareciam desejar dizer coisas que a boca não mais dava conta. Lembrou do último encontro e da covardia diante de seus sentimentos. Eu preciso! Pensou. E antes que ela perguntasse alguma coisa...Perdão. Não devia. Não devia? Preciso ir. Espera! Eu já sei. Sabe? Sim. E beijou-o demoradamente.
Da janela, os cotovelos apoiados no parapeito, ele a viu sumir por entre as árvores da rua. Olhou para o recorte do jornal já amassado em suas mãos, sorriu e aumentou em mais um os beijos de sua coleção.
Elis
ResponderExcluirEu que amo olhos azuis fiquei pessoalmente incomodado (no bom sentido) e comovido com o texto.
Quando ela está por perto, o mundo é outro.
Podem-se fazer muitas coisas de uma janela. Até beijos se podem coleccionar...
ResponderExcluirBonito texto, gostei imenso.
Beijo.
Elis , andosentindo sua falta e de seus escritos...
ResponderExcluirbijok,
malmal